“A Igreja deposita uma grande confiança nos mais jovens e o apelo a que sejam capazes de dar um testemunho alegre da fé assenta no reconhecimento das suas capacidades, energia, audácia e criatividade. A todos e cada um, Jesus Cristo, o grande amigo, chama a uma vocação e a alguns concede o dom do chamamento ao ministério ordenado”, escreveu D. António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM).
O presidente da CEVM, da Conferência Episcopal Portuguesa, assinala que “o fundamental” é que nenhum jovem “deixe de se interrogar” sobre a possibilidade desse caminho ou exclua essa hipótese, a questão vocacional “assume, muitas vezes, a forma de inquietação interior”, que permanece até se resolver numa opção que pode ser a de entrar num Seminário.
Com esta semana especial no calendário católico, o responsável católico explica que a Igreja pretende “apelar aos mais jovens” para que sejam “testemunhas alegres e corajosas de Jesus Cristo e do seu Evangelho”, citando o Papa Francisco na Exortação Apostólica Pós-Sinodal, Cristo Vive.
Afirmar a fé sem medo ou vergonha, dispor-se a levar a Palavra de Cristo a todos os lugares e ambientes, sendo missão de todos os cristãos, constitui um desafio dirigido especialmente aos jovens.
D. António Augusto Azevedo
‘Não te envergonhes de dar testemunho de Cristo’ (2Tim 1,8) é o tema da Semana dos Seminários 2022, que se vai realizar de 30 de outubro a 6 de novembro.
A Conferência Episcopal Portuguesa pede aos cristãos que, na sua oração pessoal, familiar ou comunitária, “rezem de forma mais intensa pelos seus Seminários”.
O também bispo de Vila Real explica que a oração “não só exprime e reforça a comunhão” com os Seminários como “é uma forma insubstituível de ajuda espiritual”, referindo que estas casas de formação, em geral, também “carecem de maior apoio material”.
O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios realça também que a Semana dos Seminários “é momento oportuno” para que as Dioceses e Congregações Religiosas, “o conjunto da Igreja e a sociedade” tenham consciência da realidade atual destas casas.
Em ambientes eclesiais e no espaço público é notória a falta de conhecimento e reconhecimento acerca da vida dos Seminários. Tantas vezes prevalecem as memórias do passado, os preconceitos, ideias feitas e suposições em detrimento do conhecimento real das pessoas, dos percursos formativos e das situações concretas.