Na sua homilia da missa vespertina de sábado, o Pe Jorge falava deste arranjo.
Apesar dos constrangimentos dos tempos presentes, somos convidados a acompanhar o Senhor no momento da transfiguração. Este pano castanho é esta corrente de graça à qual somos chamados, e que brota da Eucaristia, ainda que à distância.
A rocha grande, bem fincada por debaixo do altar, é a Igreja, a de Pedro e a de Francisco. As pedras mais pequenas são todos os irmãos que o Senhor coloca no nosso caminho e nos ajudam a deixar para trás tudo quanto nos impede de acolher a Sua palavra, aqui representado nos pequenos galhos que já foram podados e agora só servem para a fogueira.
Não são só os irmãos que nos auxiliam: o Senhor fez-se alimento. E é também pela sua Palavra – Este é o meu Filho, escutai-O – que poderemos entrar nesta dinâmica de graça que aqui aponta para esta pequena piscina que mais não é que a nossa pia baptismal. É pelo baptismo que fomos resgatados e que de entre os espinhos do nosso pecado e da nossa fragilidade surgem as pequenas flores amarelas, a tal luz que se fez ver do Céu de onde surgiu a tal voz.
Por agora, tal como na nossa vida, predomina o pano roxo: está ao nosso alcance que ele esbranquice.