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A Sagrada FamÃlia – Jesus, Maria e José – é o modelo da famÃlia cristã. Esta, na perspetiva cristã, é uma realidade constituÃda por um homem e uma mulher, com os seus filhos (famÃlia nuclear) e depois estendendo-se aos avós e outros membros (a famÃlia mais alargada.) Às vezes, há quem chame a esta realidade a «famÃlia tradicional». Pessoalmente, não concordo, pois, quando chamamos a esta a «tradicional», parece que existe outro tipo de famÃlia. Ora, a famÃlia como Deus a quis e como a natureza das coisas pede é, simplesmente, a famÃlia; pai, mãe e filhos.
A famÃlia, antes de ser cristã, isto é, antes de ter uma visão crente do seu ser famÃlia, é uma realidade natural. O apelo a ser casal e a ter filhos faz parte da realidade antropológica do ser humano.
A Sagrada Escritura diz-nos que, desde a criação, Deus criou o ser humano, homem e mulher, e criou-o à sua imagem e semelhança. Assim como Deus, sendo pluralidade de pessoas é um só Deus, assim o casal humano sendo dois, é chamado à comunhão no amor e a ser um só. Sendo o casamento uma instituição natural, Cristo elevou-o à dignidade de sacramento. O cristão, mergulhado pelo batismo no mistério pascal do Senhor, na sua morte e ressurreição, é chamado a viver todas as dimensões da sua vida em união com o Senhor. Por isso, o pacto conjugal realizado pelo mútuo consentimento, dado livremente na presença do Senhor, consagra-os também àquele que é o Esposo por excelência e que os ensinará a tornarem-se cônjuges que aprendem com Cristo a amarem-se.