Testemunho de um casal participante
O Pe. Paulo Araújo, sacerdote da Comunidade Emanuel e incardinado na Diocese de Coimbra que se encontra presentemente a trabalhar em França, distingue-se pelo seu saber único em matéria de pastoral familiar. Há muito que se dedica ao estudo da psicologia e da teologia do amor humano. Acresce que é um homem dotado de uma extraordinária capacidade de comunicação e de muito humor. Por convite da Paróquia de São João Baptista, o Pe. Paulo Araújo veio propositadamente de França para fazer uma conferência e conduzir um retiro sobre a temática do amor humano dirigido a casais da paróquia e da diocese.
Para a conferência do dia 30 de novembro, que decorreu na igreja de São João Baptista, o Pe. Paulo tinha sugerido dois títulos: “Homem e Mulher: Manual de Instruções” ou “Relações e Ralações Conjugais”. Escolheu-se o primeiro mas ele, porque é homem, falou do segundo. E a verdade é que não se perdeu. A igreja encheu-se com muitas pessoas que nunca tínhamos visto. Explicou o palestrante, com muita graça, como homens e mulheres funcionam diferentemente e que isso não é um drama. Apenas precisamos de saber como naturalmente funcionamos para podermos brincar com isso. Ficámos todos a saber mais, designadamente que as mulheres são o cúmulo da perfeição, mas que não dispensam homens que são homens. Se contabilizássemos os olhares de cumplicidade entre os casais suscitados pelo que o palestrante disse, muitos livros não chegariam para esse registo.
No dia seguinte, o Pe. Paulo orientou um retiro para casais, na quinta de Santo António do Almegue, subordinado ao tema “E Deus viu que era bom… Um amor humano num projeto divino”. Profundo conhecedor da Teologia do Corpo de São João Paulo II, o Pe. Paulo Araújo mostrou abundantemente como o amor humano é bom. É um amor feito de dificuldades, mas que no final vence. Profundamente sensível ao mistério do amor entre homem e mulher, o Pe. Paulo começou por nos conduzir ao início da Criação, quando Deus viu que tudo era bom e o casal humano era ícone da Santíssima Trindade; depois, com muitos exemplos das nossas vidas concretas, falou-nos do pecado e de como ele baralha todo este sonho de Deus; e, finalmente, recordou-nos a dimensão do Dom no Sacramento do Matrimónio, em que somos convidados a submeter-nos um ao outro como ao Senhor e a entregarmo-nos um ao outro como Cristo Se entregou à Igreja. Houve tempo e espaço para dialogarmos em casal e rezarmos juntos. Terminámos diante do Senhor, que nos abençoou e, em cada um dos casais presentes, renovou a Graça do seu Matrimónio.
Estivemos presentes 16 casais, que demos o nosso tempo por muito bem empregue. O mínimo que podemos dizer é que foi uma experiência única que devemos repetir.
Margarida e João Caetano